Falar de crescimento para o ano de 2020 parece estranho, tendo em vista o caos que se instaurou no mundo com a pandemia de Covid-19. Entretanto, o mercado de e-commerce cresceu de forma significativa.
O crescimento, que foi identificado através da pesquisa Mastercard SpendingPulse, está diretamente atrelado ao comportamento de compras pelos canais digitais que foi aderido por boa parte das pessoas devido ao distanciamento social.
Quando o termo e-commerce é citado, provavelmente lembra-se de lojas virtuais como Magalu, Americanas, Amazon, entre outras. Porém, é importante entender que o e-commerce vai além das lojas virtuais.
Segundo a pesquisa, entende-se por e-commerce qualquer tipo de comércio que utiliza canais digitais para comunicação e negociação entre os usuários. O pagamento pode ou não ser feito de forma digital. Um exemplo de comércio eletrônico que nem sempre é entendido como tal é a venda de produtos via WhatsApp. O fato de vendedor e cliente se comunicarem e negociarem por um canal digital já configura um comércio digital.
É fácil entender que o consumidor modificou seus hábitos para se adaptar ao distanciamento social. Um indício disso é o crescimento digital por nicho de atuação. A pesquisa mostra que os segmentos de e-commerce que mais cresceram foram hobby e livraria, crescendo 110%. Por sua vez, o setor de drogaria, demonstrou um crescimento de 88,7%. Hobby, livraria e drogaria, três nichos que estão diretamente ligados ao distanciamento social que foi promovido mundialmente como prevenção à proliferação do coronavírus.
Estando mais tempo em casa, as pessoas buscaram meios de se entreter, os livros foram uma das alternativas favoritas. Dessa forma, a pandemia trouxe um déficit geral para o país, entretanto, alguns mercados se sobressaíram e conseguiram tirar proveito das mudanças que o novo coronavírus causaram no comportamento do consumidor.
Para 2021, a previsão ainda é de crescimento, porém, o índice deve ser um pouco menor do que os 75% registrados em 2020 no mercado de e-commerce.