28/09/2021 às 09h58min - Atualizada em 28/09/2021 às 10h10min

Petição reivindica obrigatoriedade do corretor de imóveis em transações imobiliárias

No dia 17 de setembro uma petição pública foi aberta no Brasil para que os corretores participem obrigatoriamente de todas as transações imobiliárias. Em menos de 5 dias, a iniciativa já recolheu quase 1.000 assinaturas no país.

SALA DA NOTÍCIA Rotas Comunicação
Ângelo Borba


Setembro, 2021 - Corretores de Balneário Camboriú, SC, iniciaram nesta semana o movimento independente “CRECI PRA QUE?”, que questionando a atuação do Sistema Cofeci-Creci no Brasil. De acordo com o corretor, empresário e porta-voz do grupo Renato Monteiro, eles pedem a fiscalização de portais de anúncios de imóveis e a obrigatoriedade da participação de corretores em todas as transações imobiliárias. Para mobilizar ainda mais pessoas, uma reivindicação foi aberta nesta semana por meio de abaixo assinado on-line, disponível do Instagram: @crecipraque ou através do site: www.crecipraque.com/peticao
 
A iniciativa teve início após a repercussão nacional sobre a publicidade do portal Grupo Zap, de classificados online, propondo que seus clientes dispensassem imobiliárias e corretores na hora de comprar um imóvel e outros portais enviarem uma calculadora que prevê quanto os clientes podem economizar vendendo imóveis ao dispensar o profissional. A notícia, além de chamar atenção e provocar indignação dos corretores, também gerou pronunciamento do conselho federal COFECI e do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina, repudiando a publicidade do portal.
 
“Todas as profissões liberais exigem formação e credenciamento para serem remunerados. A anuidade do CRECI é cara e não vemos segurança jurídica que nos assegure que apenas profissionais registrados possam exercer a profissão, assim como acontecesse no caso de advogados, engenheiros e contadores, por exemplo. Mesmo com portais de classificados de imóveis sugerindo que os proprietários ‘economizem’ dinheiro, dispensando o corretor, não vemos atuação do conselho e uma postura do Cofeci neste sentido”, explica Renato Monteiro, fundador da Sort Investimentos e CEO da Fast Sale, plataforma que ajuda corretores venderem imóveis mais rápido.
 
“A verdade é que, ao dispensar o corretor de imóveis das transações, o portal está se tornando o intermediário, subestimando a importância da participação dos corretores na transação. O “CRECI PRA QUE?” exige um projeto de lei elaborado pelo Cofeci para acabar de uma vez por todas com o descaso aos corretores regulamentados. O CRECI deve ser obrigatório para todas as translações imobiliárias porque, além de trazer segurança aos vendedores e compradores, o corretor responde legalmente por todos os atos daquele negócio”, avalia.
 
“É um atraso ao país não haver uma regulamentação neste sentido a exemplo de países desenvolvidos como os Estados Unidos, onde é obrigatório o corretor ser licenciado e membro da National Association of Realtors (NAR) para ter acesso a um banco de dados com imóveis à venda, o Multiple Listing Service (MLS). Ou seja, tudo é mais claro para transparência e liquidez ao mercado. Por isso, além da obrigatoriedade do CRECI, também buscamos melhor qualificação, teste para ingressar na profissão e um cadastro único digital de imóveis e corretores no Brasil”, conclui Monteiro.
 
Mais de 389 mil corretores no Brasil
De acordo com dados do Sistema Cofeci-Creci (2019) mais de 389,4 mil corretores de imóveis atuam no Brasil e estão inscritos no CRECI e, a cada mês, em média, 2 mil novos profissionais ingressam no mercado. Para se inscrever no Creci e obter seu registro e carteira profissional de corretor imobiliário, o interessado deve ser maior de 18 anos, possuir o ensino médio, comprovar a conclusão do curso Técnico de Transações Imobiliárias (TTI) ou superior de Gestão em Negócios Imobiliários. A profissão também é regulamentada através da Lei Nº 6.530 de 12 de maio de 1978 (com alterações introduzidas pelas Leis nºs 10.795/2003 e 13.097/2015, art. 139).
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