23/09/2021 às 14h47min - Atualizada em 23/09/2021 às 15h10min

Aulas presenciais traz novos desafios no ambiente escolar

Na Scuola Eugenio Montale, apoio de psicóloga ajuda na convivência entre os estudantes

SALA DA NOTÍCIA Marcela Martinez
www.montale.com.br
divulgação


As aulas presenciais voltaram, e elas trazem um recomeço para escolas, pais, alunos e professores que, desde o ano passado, tiveram as atividades educacionais limitadas ao ensino online por causa da covid-19. Na Scuola Internacional Italiana Eugenio Montale o retorno foi cercado de expectativas pelos estudantes.

Ao se depararem com um ambiente relativamente novo, com distanciamento, regras mais rígidas de higiene, a disposição dos lugares na sala também afastados, algumas expectativas de reencontro foram frustradas, como abraços, proximidade, brincadeiras e jogos vetados. Além de mudanças no espaço, que são bem-vindas e estimulantes, as crianças também mudaram nesse tempo de afastamento. Elas cresceram e alteraram seus gostos, suas preferências, suas ideias, seus sentimentos. E tudo isso contribui para que o clima do retorno cause também estranhamento, que por sua vez, gera conflitos. Este momento exige resiliência, paciência e empatia”, explica Vanessa Squassoni, Diretora Pedagógica Brasileira da Eugenio Montale.


Vanessa relata que, de maneira geral, todas as faixas etárias se adaptaram, porém, os alunos menores ainda apresentam um pouco de dificuldade em manter a máscara cobrindo boca e nariz o tempo em que estão em espaços escolares. “O distanciamento para essa fase da infância ainda é algo que não faz sentido para eles”, informa.

A Montale conta com o apoio de uma psicóloga que planejou, junto à equipe gestora, o acolhimento dos professores e dos alunos, por meio de jogos, assembleias, formações, entre outras propostas, com o objetivo de acolher as demandas emocionais e sociais, usando as melhores estratégias para cada caso.

“Observamos ao longo do primeiro semestre que as maiores dificuldades são relacionadas à readaptação à convivência entre pares. As novas regras, o constante medo do contágio, as novas condutas, os novos procedimentos em sala de aulas, o afastamento sempre mantido das “bolhas”, tudo isso fez com que as rotinas, tão familiares aos grupos, fossem alteradas, a ponto de gerar instabilidades e, por consequência, ansiedade aflorada. O distanciamento e a formação das “bolhas” de convivência, para quem passou mais de um ano afastado dos colegas, é um grande desafio, que com informação, constante lembrança e o relativo controle dos adultos, está sendo mantido”, relata Vanessa.

Para a Diretora Pedagógica Brasileira, a pandemia vai deixar como aprendizado para essa geração de crianças e adolescentes uma convivência melhor com a própria família, desacelerando a rotina intensa de trabalho e viagens, avaliando quem são as pessoas que estão sempre próximas, independente da distância física. “Eles perceberam o quanto a interferência humana no meio ambiente estava sendo destrutiva, já que nossa permanência em casa melhorou todos os índices de poluição. Também incorporaram novos hábitos de higiene e as escolas foram impelidas a renovar o ensino. Finalmente aconteceu a ruptura com o estritamente tradicional, primeiro migrando para o remoto, com todos os desafios e novidades, agora readequando o ensino para esse novo tempo”.

Vanessa acrescenta que a necessidade de se apropriar de novas ferramentas tecnológicas fez com que a internet entrasse definitivamente em todas as esferas da vida, ao mesmo tempo que o consumo passou a ter um novo significado. “A pandemia despertou um padrão mais minimalista de consumo, de valorizar aquilo que é necessário e realmente útil, que traz qualidade de vida, em detrimento daquilo que é supérfluo. As crianças e adolescentes de hoje valorizarão muito mais o que traz alegria e paz para si e para o outro.
Existe agora a consciência plena de que cada escolha que fazemos na esfera privada, atinge a esfera coletiva. Se querem proteger a si mesmos, precisam necessariamente proteger aos outros! Estamos todos irremediavelmente conectados”, finaliza.

Sobre a Eugenio Montale

A Eugenio Montale é a Escola Internacional Italiana localizada no Morumbi, em São Paulo. É reconhecida como paritária pelo Governo Italiano, o que possibilita a obtenção de um diploma válido em toda Europa, além do diploma brasileiro. Oferece disciplinas da área de humanas aliadas às científicas, que permitem a formação de alunos com uma visão multicultural e internacional. Dedica-se à Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Cursos de Língua e Cultura italiana. Foi fundada em 1982 e sempre esteve comprometida com uma pedagogia de base filosófica humanista, acreditando no potencial transformador do ser humano.

Conta com gestão participativa, tal qual se deu em sua criação. Trata-se de uma associação sem fins lucrativos, regida por Sócios Beneméritos e por sócios Contribuintes (responsáveis financeiros dos alunos), que integram um Comitê de Gerenciamento de forma paritária. Essa forma de gestão permite, por um lado, garantir a longevidade da instituição e, por outro, manter viva a qualidade de ensino.

Promove um ambiente multicultural e diversificado em conformidade com as exigências atuais de uma escola internacional. Sua proposta é de oferecer uma alternativa às escolas já existentes em São Paulo, com ênfase no currículo italiano aliado ao brasileiro. Seu foco é a formação de alunos com uma visão ampla, inovadora e internacional.

 
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