28/06/2019 às 14h19min - Atualizada em 01/07/2019 às 15h42min

O impacto da economia compartilhada no Brasil

Novo modelo de negócio traz soluções inovadoras e tecnológicas, por isso, está cada vez mais presente em nosso dia a dia.

DINO
http://EcoBikeCourier.com.br


A base populacional do Brasil é formada pelas gerações Y e Z, ou seja, pessoas na faixa etária de 18 a 45 anos, que acompanharam o avanço da globalização, da tecnologia e da sustentabilidade. Tal transformação, mais acentuada na última década, trouxe novas perspectivas e comportamentos, estimulando as organizações a pensarem formas inovadoras de prestar serviços e distribuir seus bens e produtos. A proposta é reduzir custos e causar impacto positivo no planeta.

Neste cenário, surgem novos modelos de negócio, como a chamada economia compartilhada - atividades voltadas à produção de renda e trabalho, de forma autônoma ou até mesmo, terceirizada, visando um bem comum.

Atrelado à tecnologia e novas plataformas, este método oferece mais liberdade ao cliente e autonomia ao trabalhador, por isso, vêm ganhando espaço não só no Brasil como em todo mundo, tendo como principais exemplos, iniciativas como a Uber, Airbnb, Yellow, Ecobike Courier, entre outras.

Para se ter uma ideia, em 2017, o comércio eletrônico faturou 59,9 bilhões e enviou 203 milhões de encomendas, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Já em 2018, conforme dados da  Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o mercado de alimentação online movimentou 11 bilhões de reais.

Estes dados indicam que tanto no segmento de alimentação, quanto no turismo e logística, a economia compartilhada e os novos meios de negócio vêm gerando oportunidades aos trabalhadores e benefícios aos empresários, gerando também novas perspectivas sobre os recursos disponíveis, uma vez que a sustentabilidade é um dos valores das gerações Y e Z.

Para Victor Ferraz, diretor da Ecobike Courier - Entregas Sustentáveis, “a economia compartilhada traz facilidade, uma vez que possibilita a conexão entre pessoas com interesses comuns por um custo reduzido e preço acessível”. Para ele, dois pontos importantes dentro da economia compartilhada são a mão de obra (com modelos de contratação menos burocráticos) e o tempo do trabalhador. “Hoje os entregadores têm liberdade para trabalharem para mais de um aplicativo, por isso, conseguimos suprir nossos custos, oferecer um serviço de qualidade e ainda gerar renda extra a centenas de colaboradores pelo Brasil”, explica.

Posse x Experiência

Ainda sobre as gerações Y e Z, é fato que estamos falando de pessoas mais desapegadas a bens materiais se comparadas com seus pais ou avós. Até porque, hoje em dia, livros, discos, documentos e fotografias estão em nuvens que cabem na palma da mão, não sendo necessário muito espaço em uma casa, por exemplo.

Já uma pesquisa do Instituto Alexandria.ai, aponta que 62,8% das pessoas entre 18 e 44 anos, concordam que o verdadeiro privilégio é ter tempo, ao invés de ter carro. 40,9% deles rejeitariam uma oferta de trabalho se tivesse que usar o carro todos os dias, e para 38,3% dos entrevistados, ter carro atrapalha mais do que facilita a vida. E ainda: 44,4% concordam que o “sonho é não precisar usar o carro no dia a dia”.

Sendo assim, podemos dizer que a utilização de veículos não motorizados como bikes, patinetes, trens e bondes elétricos tendem a substituir o automóvel e até mesmo, as motocicletas. Dados do Departamento Nacional de Trânsito mostram que, de 2014 a 2017, a emissão da Carteira Nacional de Habilitação para jovens de 18 a 21 anos caiu 20,61%. Essa é uma tendência mundial e as transformações perante a economia compartilhada também são inevitáveis no mercado logístico.



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