07/08/2020 às 08h42min - Atualizada em 07/08/2020 às 17h42min

Movimento por uma Cultura de Doação lança documento com diretrizes para manter e aumentar mobilização de doadores no Brasil

O Movimento por uma Cultura de Doação lança o documento “Por uma Brasil + Doador, Sempre”, destacando cinco diretrizes que precisam ser trabalhadas para fazer da doação um ato mais frequente e mais consciente dentro da nossa sociedade. A definição das estratégias, assim como todas as recomendações contidas no documento são fruto de um trabalho coletivo que vem sendo desenvolvido, de forma planejada, há mais de um ano, antes da pandemia.

DINO
https://www.doar.org.br/iniciativas


A epidemia de Covid-19 ainda está presente no Brasil, mas o ritmo das doações já está caindo acentuadamente. Será que é preciso uma catástrofe nacional para manter os níveis de doação no País?

O Movimento por uma Cultura de Doação acredita que não. E para mostrar que há outras formas, menos dramáticas e mais estratégicas, de sensibilizar os doadores, acaba de lançar um documento chamado “Por uma Brasil + Doador, Sempre”.

“Esperamos que este documento sirva de inspiração e orientação para todos aqueles que querem construir uma sociedade mais doadora e mais comprometida com a solução de seus próprios problemas’, diz Andréa Wolffenbüttel, membro do Comitê Coordenador do Movimento e diretora de Comunicação do IDIS.

Nele estão apontadas cinco diretrizes que precisam ser trabalhadas para fazer da doação um ato mais frequente e mais consciente dentro da nossa sociedade. Na verdade, a publicação começou a ser produzida muito antes da crise da pandemia, e se mostrou cada vez mais necessária.

A definição das estratégias, assim como todas as recomendações contidas no documento são fruto de um trabalho coletivo que vem sendo desenvolvido, de forma planejada, há mais de um ano e, de forma espontânea, há sete anos, desde quando o Movimento surgiu.

As cinco grandes diretrizes são:


1. Educar para a Cultura de Doação: se queremos cidadãos mais conscientes e doadores, precisamos começar a formá-los desde a infância e juventude; e podemos também educar adultos para o maior engajamento cívico e comunitário.

2. Promover narrativas engajadoras: em um mundo saturado de informações, precisamos nos destacar com uma narrativa engajadora, atraente e positiva. Pedir doação sem tabus, contar histórias transformadoras e mostrar que doar faz bem a todos, inclusive ao doador.

3. Criar um ambiente favorável à doação: doar precisar ser fácil, rápido - com ajuda da tecnologia - e sem entraves legais

4. Fortalecer as organizações da sociedade civil: doadores querem doar para os beneficiários: populações vulneráveis, crianças, idosos, meio ambiente....Para fazer os recursos chegarem aos beneficiários, existe o trabalho das organizações da sociedade civil e elas precisam ser reconhecidas, valorizadas e apoiadas para operarem cada vez melhor.

5. Fortalecer o ecossistema promotor da cultura de doação: quanto mais gente trabalhando pela causa da cultura de doação, melhor. Quanto mais organizações, mais diverso será esse ecossistema, mais estruturado, mais rico e chegará mais longe.

“O documento de Diretrizes vem em um momento oportuno, em que a sociedade demonstrou sua solidariedade com as doações expressivas para mitigar os efeitos negativos da pandemia. Esperamos que ele contribua inspirando ações que tornem estas doações recorrentes, contribuindo com o desenvolvimento do nosso país”, afirma Márcia Woods, membro do Comitê, consultora da FJLES e presidente da ABCR.

Cada uma das diretrizes se desdobra em várias recomendações de iniciativas que podem ser adotadas por qualquer um interessado no tema.

Para Erika Sanches Saez, consultora do GIFE e também do Movimento Por uma Cultura de Doação, a existência de diretrizes para a ampliação da cultura de doação no Brasil é o primeiro passo para a construção de uma agenda comum para todos que, de alguma forma, querem se juntar neste trabalho.

“E como os últimos meses têm demonstrado tão bem, foco comum unido a atuação colaborativa têm um enorme poder transformador e são elementos fundamentais para que possamos dar conta dos imensos desafios que temos que enfrentar como sociedade”, avalia.

O mapa está desenhado e o primeiro passo já foi dado. Agora é necessário fazer com que este mapa alcance todas pessoas que podem ajudar a impulsionar a causa da cultura de doação pelo Brasil: escolas, empresas, universidades, associações de classe e de setor, governos, redes comunitárias, aconselhadores patrimoniais, investidores sociais, dentre outros.

"Espero ver iniciativas que incentivem doações por todas as partes até 2025! Na escola, na empresa, no supermercado, na farmácia, na universidade, no banco, no contador, na prefeitura, na televisão, no Instragram ... doar vai virar uma prática de todo brasileiro!", diz Danielle Fiabane, membro do Comitê Coordenador do Movimento e consultora de filantropia familiar e empresarial.

O QUE É O MOVIMENTO POR UMA CULTURA DE DOAÇÃO

O Movimento por uma Cultura de Doação foi criado em 2012 como uma articulação ampla, formado por pessoas físicas e jurídicas que se organizaram voluntariamente, de maneira informal e orgânica, para semear e germinar ideias para promover a doação no Brasil. É uma rede aberta, horizontal, democrática, composta por instituições e cidadãos interessados no tema.

Iniciativas de sucesso, como o Dia de Doar e o Fundo BIS, que financia soluções para a expansão da doação no Brasil, são exemplos de sementes que foram plantadas e regadas pelo Movimento.

O “Brasil é um país de belezas humanas e naturais e cuidar delas é papel de todos, em cada um de nós. Doar é uma expressão deste cuidar ", segundo Joana Mortari, membro do Comitê Coordenador do Movimento e fundadora da Acorde.

APOIO - Fundação José Luiz Egydio Setúbal, GIFE, Humanize, Instituto ACP, Instituto Mol, Movimento Bem Maior, Umbigo do Mundo e WINGS.



Website: https://www.doar.org.br/iniciativas
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