24/03/2022 às 10h20min - Atualizada em 24/03/2022 às 12h30min

Vítimas do “Faraó das Bitcoins” conseguem vitória na Justiça e estão mais perto de recuperar valores investidos

Justiça do RJ determina arresto de bens para pagamento das vítimas

SALA DA NOTÍCIA MP News


Caso GAS: vítimas do “Faraó das Bitcoins” conseguem vitória na Justiça e estão mais perto de recuperar valores investidos
 
Decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro desta segunda-feira (21) deixou as milhares de vítimas do caso GAS mais perto de recuperar os investimentos realizados na empresa do "Faraó dos Bitcoins", Glaidson dos Santos. De acordo com a liminar concedida pela 2ª Vara Empresarial fluminense, todos os bens que foram apreendidos em âmbito criminal devem ser sequestrados e arrestados para o pagamento das vítimas. “É uma grande vitória dos investidores, que necessitam de uma resposta rápida da Justiça para reaver o seu dinheiro. Ingressamos com uma ação com a intenção de facilitar o acesso das vítimas ao ressarcimento do seu capital, pois a empresa tenta justificar que não está fazendo os depósitos porque a Justiça Federal bloqueou as contas da GAS. E agora a 2a Vara Empresarial determinou que os valores sejam arrestados para o ressarcimento dos investidores”, afirma o advogado Jorge Calazans, especialista em fraudes financeiras e que defende vítimas do caso GAS.
 
A decisão da Justiça foi fruto de uma ação civil pública assinada pelos advogados Jorge Calazans, Mayra Vieira Dias, David Nigri e Renata Mansur, protocolada no início deste mês e que que solicitava que a GAS deposite R$ 17 bilhões para ressarcir ex-clientes. Na ação são réus, além de Glaidson dos Santos, que está preso, a sua esposa Mirelis Zerpa, que está foragida e a sua advogada Mônica Lemos, que estão sendo investigados por crimes financeiros, crimes de favorecimento e contra as relações de consumo.
 
Jorge Calazans destaca que a advogada Mônica Lemos, afirmou em uma recente live que a GAS tem dinheiro para quitar as dívidas com os investidores. “Entretanto, é importante esclarecer onde está esse dinheiro citado pela advogada da Myrelis, pois os valores que a Justiça conseguiu bloquear até o momento – cerca de R$ 300 milhões - não cobrem os prejuízos dos investidores. Pretendemos que a empresa tenha um meio de pagar os clientes já que sua advogada explicitou essa vontade; A decisão da 2ª Vara é o primeiro passo para que as vítimas garantam o ressarcimento de seus investimentos", explica.
 
Na ação, os advogados atribuem a Mônica Lemos "crime contra as relações de consumo", previsto no Código de Defesa do Consumidor, e também aponta para um suposto crime de favorecimento da advogada. Os autores da ação afirmam que Mônica e o marido dela, Samuel Lemos, eram sócios de Vicente Gadelha (um dos alvos da Operação Kryptos) numa empresa que movimentava o dinheiro da GAS.
 
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