23/03/2022 às 11h17min - Atualizada em 23/03/2022 às 15h10min

A transformação digital chegou na área de compras

Por Renato Brisola*

SALA DA NOTÍCIA DFreire Comunicação e Negócios
DFreire Comunicação e Negócios
Monica Zanon


A velocidade da digitalização dos negócios é exponencial e, com certeza, um caminho sem volta. Principalmente, nos últimos anos, as empresas – de todos os tamanhos e setores - precisaram rever seus processos e até mudar seus modelos de negócio para continuar no mercado.

Metaverso, inteligência artificial, social e live commerce, omnichannel são temas que nunca estiveram tão em pauta, ao mesmo tempo que tiram o sono de qualquer gestor.

O avanço dessas tecnologias mudou o relacionamento empresa-cliente seja no mundo B2C ou B2B.

Porém, o que não sai na cabeça dos gestores e líderes empresariais é:  como converter tanta tecnologia em resultado? Como tornar o negócio mais eficiente aproveitando toda essa transformação digital?

Na maioria das vezes, todo esse arsenal tecnológico está mirando o aumento das vendas, mas há ainda, dentro das grandes corporações muitas áreas que ainda não estão usufruindo de todos os benefícios do avanço digital.

Um exemplo é a área de compras e suprimentos das companhias. Formalmente conhecida como gestão de gastos corporativos ou Business Spend Management (BSM), em inglês, já é reconhecida juntamente com as plataformas de CRM e HCM (gerenciamento de capital humano) como uma competência fundamental de grandes empresas.

E como o BSM se dá na prática? Te explico: a gestão de gastos corporativos vai muito além de adquirir, negociar, faturar, fazer pagamentos e gestão de contratos e fornecedores. Essa tecnologia integra uma enorme gama de processos relacionados a gastos de forma conjunta para que o valor geral do negócio seja maximizado por meio de três estratégias:

- Otimização de gastos e de caixa
Geralmente, a maior fonte de valor do negócio vem da redução de gastos e da retenção de caixa por mais tempo, otimizando assim o capital de giro. É possível otimizar os gastos e o caixa por meio de atividades como, por exemplo, colocar mais gastos em contratos com preços negociados, direcionar mais gastos por meio de canais de compra estruturados e automatizar o processamento de faturamento, melhorando a gestão de contas a pagar e otimizando o capital de giro.

- Aprimoramento do desempenho operacional
Talvez a razão mais comum pela qual as empresas decidem investir em BSM seja para melhorar a eficiência das operações em geral. Reduzir o tempo e o esforço gastos no processamento de pedidos de compra, faturas e pagamentos ou no gerenciamento de contratos e fornecedores libera recursos para que o foco esteja no trabalho estratégico de maior valor. Esse tipo de valor é considerado um “ganho indireto”, pois normalmente não afeta diretamente as demonstrações financeiras, a menos que uma receita adicional seja gerada devido à viabilização mais rápida dos processos corporativos ascendentes.

- Redução de riscos
Como as empresas dependem cada vez mais de terceiros para dar suporte a processos corporativos importantes, é necessário gerenciar de maneira eficaz os gastos com esses recursos, ao mesmo tempo em que estão atentos aos riscos envolvidos e fazem o melhor para mitigá-los. Os geradores de valor comum que reduzem o risco aprimoram o compliance com as políticas de compras, melhoram a aderência aos termos contratuais, evitam gastos excessivos em relação aos orçamentos, impedem pagamentos duplicados ou atrasados, avaliam o risco de terceiros por meio de pesquisas eletrônicas e previnem disrupções nos negócios devido ao baixo desempenho do fornecedor.

Com o BSM, é possível usar o dinheiro da empresa com a melhor eficiência possível, por meio de uma jornada mais estratégica, além de obter insights da comunidade inserida na plataforma.

Vale lembrar que com as abordagens tradicionais de gestão de gastos corporativos, as companhias, geralmente, têm uma média de economia de 2 a 3% em relação aos gastos gerais endereçáveis. Já com as práticas de BSM, algumas empresas já obtiveram economias de mais de 6% de seus gastos totais endereçáveis.

Tanto a pandemia, que levou à desaceleração econômica, disrupções na cadeia de suprimentos, movimentos de diversidade e mudanças na segurança e no local de trabalho, destacaram a necessidade urgente de uma gestão de gastos corporativos abrangente. E com essa jornada estratégica que o BSM proporciona, implementando esses aprendizados por meio de processos refinados e tecnologias inteligentes, é possível que as empresas se tornem mais sólidas, seguras e obtenham cada vez mais eficiência para o desenvolvimento do negócio.

*Renato Brisola é VP & general manager, Latam da Coupa Software.

 
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