Casos amorosos se desenvolvem em sigilo. Engano é essencial à duplicidade que possibilita um caso amoroso. O marido traído que recebeu uma dieta constante de engano tem fome da verdade de sua esposa. Frequentemente, ele dirá: “Não me importa que ela seja ruim, apenas diga-me a verdade! Eu consigo assimilar a verdade. Não suporto mais as mentiras.”
Embora a força de um caso amoroso possa estar no segredo, a fraqueza de um casamento pode estar em evitar o assunto.5 Dizer a verdade significa que os dois cônjuges abandonarão o fingimento. A premissa é que, embora a duplicidade do cônjuge infiel seja mais facilmente vista, os dois indivíduos têm corações fingidos (JEREMIAS 17:9), desafiando-se mutuamente numa bizarra dança de engano. Um mentiu; o outro olhou para o outro lado. Um ficou zangado e indignado; o outro retrocedeu. Um se afastou; o outro não perseguiu. Um ignorou; o outro evitou. “Falar a verdade em amor” uns com os outros (EFÉSIOS 4:15) significa admitir a dança e a participação de cada um nela.
O propósito de falar a verdade é lançar as questões na mesa, onde elas poderão ser tratadas. Significa ficar limpo—não apenas expor um ao outro, mas admitir seus próprios sentimentos e atitudes presentes. Envolve perguntar e responder honestamente a perguntas de três categorias:
O Caso Amoroso. O que aconteceu? Com quem? Quando começou? Quanto tempo durou? Já terminou? Este é um grande teste para o cônjuge infiel. Ele ou ela precisa ser totalmente honesto e dizer ao cônjuge ferido o que quer que ele ou ela deseje saber sobre a extensão e a duração do caso amoroso, mas não todos os detalhes sórdidos. Às vezes, o cônjuge ofendido acredita que o conhecimento dos detalhes proporcionará o controle necessário para impedir a recorrência de um caso amoroso. Não proporcionará. Conhecer os detalhes poderá somente inflamar o ferimento, enchendo a mente com imagens que só dificultarão a superação. É aqui que um conselheiro experiente pode ajudar um casal a passar por novas revelações sobre o caso amoroso e não ficar atolado em detalhes que não se prestem a uma boa finalidade.
O Dano. O cônjuge ferido precisa compartilhar honestamente quanta dor o caso amoroso lhe causou. O cônjuge infiel não deve ficar na defensiva ou tentar explicar, mas realmente escutar, absorver e compreender o sofrimento do outro.
O Relacionamento. Os dois cônjuges precisam conversar honestamente sobre a maneira como se relacionam um com o outro, quais dificuldades enfrentam pessoalmente e como isso afetou seu relacionamento em todas as áreas. Eles necessitam da ajuda de um conselheiro sábio para estabelecer a conexão entre suas dificuldades passadas e presentes. Isso envolve ver de que maneira suas dificuldades singulares refletem um fracasso em confiar em Deus — o que enfraquece seu relacionamento, fere aqueles por quem mais se importam e os torna vulneráveis a muitas escolhas autodestrutivas, uma das quais é o caso amoroso.
Falar a verdade abre a porta para a confissão que expurga e para a dor que cura.
Trecho retirado do livro Casamento a três, de Publicações Pão Diário.
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